[Resenha] O Livro das Princesas - Meg Cabot, Paula Pimenta, Lauren Kate e Patrícia Barboza

17:33:00 0 Comments A+ a-





Autoras: Meg Cabot, Paula Pimenta, Lauren Kate e Patricia Barboza
Editora: Record
Livro no Skook aqui
Nota: (4/5)
Sinopse: "Da mesa da Princesa Mia Thermopolis: Olá, amigos, fãs e companheiros admiradores de princesas (ou eu deveria dizer simpatizantes de princesas?)! Eu mal pude acreditar quando alguém do Brasil permitiu que EU desse uma olhadinha neste livro. Mas acho que faz sentido, já que, além de ser uma princesa, também tenho verdadeira paixão por histórias românticas! Acreditem no que eu digo, este livro tem essas duas coisas de sobra! Mas são releituras contemporâneas, com reviravoltas que farão você dizer owwwwnnnnnn… Uma Cinderela DJ? Rapunzel popstar? Bela é uma supermodelo? E unicórnios em A Bela Adormecida?! Sim, por favor! Mais, mais. POR FAVOR. Não se preocupem, tem mais. Muito mais. Eu amei, e vocês também vão! (Sim, você também vai amar, Tina Hakim Baba. Pode pegar meu exemplar emprestado quando eu terminar de ler. Não, melhor: compre o seu. Assim você vai poder ler de novo e de novo, como eu pretendo fazer.)
Sinceramente, Sua Alteza Real, Princesa Mia Thermopolis"





Minha opinião:

O Livro é superfofo. A capa e as ilustrações são lindas e para quem ama Contos de Fadas, e principalmente adaptações e releituras, como eu, vai ficar apaixonado por esse livro.
         A iniciativa da Galera Record de reunir as autoras foi uma ideia genial, além de alternar entre uma autora brasileira e uma americana. Tenho que admitir que só conhecia a obra da Paula e da Patrícia de nome e que nunca tinha chegado a ler nada delas. Da Lauren eu já li a série Fallen e ela me decepcionou um pouco com a história e o modo como ela terminou sem fechamento sobre o que acontece com diversos personagens, deixando o leitor no escuro, o que mais tarde nessa resenha você vai perceber que é algo que ela fez novamente.  
Já li várias histórias da Meg, inclusive tinha acabado de reler Sorte ou Azar, quando peguei esse aqui. Sempre adorei a obra dela e adimito que o nome dela na capa foi um dos motivos decisivos que me fez retirar esse livro da prateleira ao invés de outro.
Vou analisar cada conto individualmente a seguir, mas se você ainda não leu o livro, vou logo avisando que terão alguns spoilers.
 



A Modelo e o Monstro
Meg Cabot



"Belle achou o namorado rato de biblioteca dos sonhos dela. Olhe para eles, foram feitos um para o outro. A modelo e o Monstro" (Pág 69)

Tive grandes expectativas ao ler esse conto, não apenas pela fama da autora, mas também porque a história da Bela e a Fera é o meu conto de fadas favoritos e a Bela é de longe a princesa que mais gosto.
Fiquei feliz que a autora preservou alguns elementos da história como, por exemplo, a relação boa da Belle com o pai e o amor dela por livros, e ao mesmo tempo trouxe personagens novos como a Penny e o Gus, formando uma história de amor paralela à trama. Eles também tinham um jeito divertido que adorei.
A explicação cientifica para a aparência de “monstro” do Adam, mostra que não é necessário ser peludo ou ter presas para que as pessoas lhe julguem pela aparência, tenham medo ou nojo de você. Nós julgamos o tempo todo pelas aparências. Até mesmo aqueles, que como a própria Belle, odeiam ser julgados, acabam fazendo isso em algum momento.
Senti falta de um desenvolvimento mais lento da relação deles, como na história original, porque esse era um dos motivos que me faz gostar dela. Ao contrário das outras princesas que conhecem o príncipe em um segundo e no outro estão casadas, ela o conhece e se apaixona muito antes.
A parte que mais adorei foi o final e a mensagem que ele traz. Não somos esclarecidos se a cirurgia vai funcionar ou não, mas é aí que se encontra a beleza: Eles não precisam que ela funcione, porque eles já tem o seu final feliz. Ela o ama e o jeito que o Adam se parece não importa.



Princesa Pop
Paula Pimenta


“Estou com um dos seus sapatinhos de cristal. E só o entrego pessoalmente. Traga o outro para completar o par. Dia 7 às 21h. Castelo do Rock.”
(Pág 127)
Merecia um livro todo dedicado a esse conto. Ele tem 112 páginas e tem a história melhor desenvolvida. Cintia Dorella tem problemas com o pai – que traiu a mãe dela e agora está casado com a amante – e mora com a Tia Helena, porque a mãe trabalha no Japão.
As referencias no livro são muitas e tudo é amarrado de modo a criar uma história magnífica. Tem todos os elementos: O sapatinho perdido, a madrasta má e as filhas dela, o toque de recolher à meia-noite.
Além disso, ela não estava vestida de princesa quando eles se conheceram. Estava vestida de Bobo da Corte! E detalhe: Ele também estava de máscara.  
A história me prendeu e cativou de um jeito que fiquei com gostinho de quero mais. Talvez por isso tenha me decepcionado tanto com o conto a seguir.
 

Eclipse do Unicórnio
Lauren Kate

A mística do unicórnio a tentará,
Ela cobiçará um animal que não lhe pertence,
Lançará a mão a seu chifre,.
Ele a perfurará e...
E ela cairá no mais profundo sono.
(Pág 223)
Minhas expectativas nem era altas, ainda assim a Lauren não conseguiu suprí-las. Ela começa tentando dar uma atmosfera mágica ao conto mesclando anjos, fadas e até mesmo um unicórnio, porém, não chega nem perto disso.
A história no geral me pareceu mal desenvolvida e apressada, principalmente o final, que me pareceu anticlimático. Não me surpreendeu e não me empolgou.
Sempre que leio antologias tem sempre um conto do qual gosto menos, mas não sei como alguém poderia genuinamente gostar desse. 


Do alto da Torre
Patrícia Barboza

Camila ficou doente aos 11 anos e a sua madrinha fez uma promessa de que se ela ficasse curada não cortaria o cabelo até completar 15 anos. Resultado: Ela ficou com uma enorme cabeleira loira e ganhou o apelido de Rapunzel.
A protagonista era um pouco infantil demais se comparada às outras do livro, mas em compensação a melhor amiga dela, Priscilla, era bem madura. Adorei a conversa sobre os clichês e sobre como ela estava certa sobre eles.
O último parágrafo foi perfeito para o final tanto do conto quanto da antologia. Fechou com chave de ouro.
         "Acho que a magia dos contos de fada está justamente aí. Não é matar o dragão, escalar a torre ou derrotar a bruxa. A Priscilla, para variar, diria que isso é um clichê, mas a magia está justamente em encontrar o amor e a felicidade nas situações mais simples. E isso é bom, já que está lá para qualquer um que se permita enxergar...”
(Pág 287)
 

Até a próxima.
Laura Lins