[Review] Supernatural 9x11 - "First Born"

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Sinopse: Tentando voltar a seu posto de Rei do Inferno, Crowley pede a Dean ajuda para encontrar “A primeira espada”, a única espada que pode matar Abbadon. Sabendo que deve um favor a Crowley por este ter ajudado Sam e também por querer Abaddon morta, Dean relutantemente concorda e os dois saem juntos em uma viagem. No entanto, Dean e Crowley não estão preparados ao encontrarem quem possui a espada – Caim, o primeiro filho. Enquanto isso, Sam esta de volta ao Bunker com Castiel, que nota que ainda há um pouco de graça angelical dentro de Sam. Se eles conseguirem extraí-la, eles poderão usá-la para prender Gadreel. O único problema é que isto pode causar danos permanentes à Sam.
(Aperte “Continue lendo” para a review com spoilers)
Depois que Road Trip acabou com a separação (mais uma vez) dos dois irmãos, era de se esperar que o clima entre os dois fosse ficar pesado. Castiel, com a missão de terminar de curar o Sam, acaba ficando na companhia do Winchester mais novo, enquanto Crowley recorre à ajuda do Dean para tentar matar a Abaddon.
         A que ponto chegamos? Sam na companhia de um anjo e Dean na de um demônio.  Uma inversão interessante da quarta temporada. 

Crowley procura por décadas pela Primeira Espada, a arma que supostamente os Arcanjos utilizaram para matar os Cavaleiros do Inferno, mas com Abaddon perigosamente perto de tomar o seu lugar como governante do inferno, ele se vê desesperado o bastante para pedir ajuda ao Dean.
Da última vez que os dois se viram Dean prometeu que se alguma vez eles chegassem a se encontrar novamente Crowley seria um homem morto, mas se vê tendo que quebrar essa promessa quando o demônio oferece informações sobre como achar a arma.
Crowley conta que suas buscas haviam resultado em um demônio protegido de Abaddon, chamado Smitty, que dizia saber como encontrar a espada, mas antes que ele pudesse colocar a mãos nele, John Winchester capturou o demônio e a busca dele esfriou.
O Rei do Inferno esperava que houvesse alguma informação sobre o paradeiro do protegido ou alguma coisa sobre a Espada no Diário do John, e para sua sorte, havia mesmo uma informação: Uma sequencia de números que levavam a um armazém e uma letra T que até então eles não sabiam o que significava, mas que ao chegar no armazém e encontrar o arquivo sobre Smitty com folhas faltando e com uma foto de uma mulher, perceberam que significava Tara, uma caçadora que eles não conheciam e a qual resolvem procurar.
Eles a encontram em uma loja e ela logo percebe que há um demônio no recinto já que desde 1992 o joelho dela dói quando há um por perto. Sendo assim ela aponta uma arma para Crowley que tenta inutilmente desaparecer, todavia, é impedido por uma armadilha do diabo que estava sob o tapete em que ele estava pisando.
Quando Crowley argumenta: “Eu sou o Rei do Inferno, ele é um Winchester. Há um motivo para trabalharmos junto”, ela retruca: “É, chama-se possessão”.
Aí nós temos a clássica “jogada de água benta no rosto do Dean”. Com a clara falta de possessão, ela resolve ajudá-los, ainda que relutante. Ela faz um feitiço de localização e descobre que a arma está no Missouri.
Chegando lá, encontram ninguém menos que o Pai do Assassinato, o famoso Caim das histórias bíblicas, que compartilhando chá e tendo conversa “amigável” conta que está aposentado e que os dois devem ir embora.
Encurtando a história, Dean e Crowley entram de fininho na casa do Caim depois que ele vai à cidade e procuram pela Espada, mas não encontram nada, além de uma foto de uma mulher chamada Collete. Caim chega em casa e os demônios a essas alturas já descobriram onde ele está (Graças a Tara, que não chegou a viver mais de um episódio. R.I.P). Caim organiza uma espécie de teste em que deixa três demonios entrarem na casa e espera Dean matar os três.

 Só nesse momento que realmente descobrimos a verdade sobre Caim. Se você conhece a história Caim matou Abel com um osso da mandíbula de um animal porque seu irmão era o favorito de Deus.
Exceto que essa não é a história verdadeira. Abel não estava falando com Deus, era com Lúcifer, que pretendia transformá-lo em “seu mascote”. Sabendo disso, Caim ofereceu um acordo: A alma de Abel iria para o céu e a dele para o Inferno. Lúcifer concordou, contanto que Caim fosse a pessoa que mandaria o irmão para o céu.
Então, ele ganhou uma marca e se tornou um soldado do inferno, mais tarde criando os Cavaleiros do Inferno. Porém, ele acabou conhecendo Collete e o amor dela foi capaz de mudá-lo. Ela viu as qualidades dele e o perdoou por quem ele era, contanto que ele parasse com a matança.
Quando os outros cavaleiros descobriram foram atrás dela. Caim conseguiu matar todos exceto Abaddon que conseguiu fugir e ele não foi atrás dela, por uma promessa que fez a Collete antes de ela morrer.
A Primeira Espada só funciona em conjunto com a Marca de Caim, sendo assim ele passa a marca para Dean para que ele possa matar Abaddon por ele. A marca tinha que passar para alguém que fosse merecedor, alguém que também fosse um assassino.
Contudo, há mais do que isso. Os paralelos entre Caim e Dean são visíveis até para o maior dos cegos. Alguém que para salvar o irmão fez um pacto e vendeu sua alma ao inferno, soa familiar? Caim “fez o que tinha que ser feito” para salvar o irmão e claramente admira essa coragem no Dean. A única diferença entre eles é que Dean não consegue matar ou deixar Sam morrer.
Agora Dean tem a marca de Caim e só precisa depender de Crowley para achar, no fundo do mar, a espada.

Já o dia de Castiel e Sam não foi tão agitado, embora cheio de acontecimentos e conversas importantes. Castiel está sempre com o Dean e a mudança de parceiro dele foi algo interessante de se ver.
Embora Castiel sempre tenha ajudado a salvar Sam, ficava-se subentendido que o grande motivo por trás disso era Dean, ao invés de uma iniciativa própria. Eles sempre tiveram uma certa tensão no ar, uma vez que quando eles se conheceram Castiel o via como o cara que bebia sangue de demônio. Com o tempo, a visão dele foi mudando, mas nunca chegando a um grau de amizade verdadeiro, tendo sido todas as conversas entre os dois um pouco estranhas e forçadas.
Castiel começa dando uma explicação sobre como ele agora é capaz de sentir o gosto de cada molécula do Sanduíche de Manteiga de Amendoim e Geleia ao invés do gosto do conjunto. Ele chega a dizer que vai sentir falta do sanduiche. O que parece uma declaração cômica e desinteressada vai mais tarde se transformar em algo importante, então mantenha isso em mente.
Ao curar Sam, Castiel percebe que ainda há algo angelical dentro dele. Quando um anjo deixa um receptáculo uma parte da sua graça fica para trás um pouco de graça que desaparece aos poucos toda vez que Sam é curado.
Se eles tiverem a Graça de Gadreel eles serão capazes de fazer um feitiço para localizá-lo, mas o procedimento é extremamente perigoso e doloroso, além de poder ocasionar a morte do Winchester.
Castiel começa a extrair a graça (depois de algumas discussões) e de modo seguro ele não consegue o suficiente. Sam, então, lhe diz para ir mais fundo e fazer o que for preciso sem ligar para as consequências.
E então, Castiel olha para o Sanduiche e desiste de tentar retirar o resto da graça. Cura Sam e decide tentar fazer o feitiço com o que ele conseguiu retirar. Sam é claro quer começar a reclamar do que ele fez, mas é interrompido:
“Sabe, ser humano não mudou apenas a minha visão de comida. Mudou minha visão de você. Quer dizer, agora posso entender como se sente. (...) A única pessoa que errou mais que você, fui eu. E agora eu sei como é ter culpa. E eu sei como é lamentar, Sam (...) O velho eu enfiaria essa agulha mais fundo até você morrer porque os fins sempre justificavam os meios. Mas depois do que passei...Aquele sanduiche me ensinou que os anjos mudam. Então, quem sabe, talvez os Winchester possam mudar também.”
Lição de Moral dessas, não se recebe todo dia, Sam. Tire bom proveito.
Até a próxima,
Laura Lins
Notas
·        “Nós vamos precisar de toda a ajudar que pudermos”, Castiel e Crowley disseram isso para os Winchester, deve ser um prenuncio para a união de forças contra Gadreel e Abaddon.
·        Realmente, acho que Crowley tem razão quanto a Dean não matá-lo. Sempre vai ter alguma outra missão ou alguma coisa que vai fazer eles terem que recorrer a ajuda do Rei do Inferno. Além de que Crowley é o vilão que mais gostei em SPN até hoje e não canso de dizer isso.
Frases preferidas
 (praticamente todas que o Crowley disse no episódio)

·        “Aquela Garçonete é problema com DST maísculo” Crowley
·        [Sam: “Você mente muito mal”] “Não é verdade, uma vez eu menti e traí o seu irmão e você”. Qual é Sam, você não assistiu a sexta temporada?
·        “Tudo isso é mesmo necessário? Quer dizer, eu estive dentro do seu irmão. Nós somos praticamente família” Crowley
·        “Como você chama o estilo desse lugar? Obsessivo rústico? Paranoia decorativa?” Crowley
·        “Eles não ensinam a tomar notas na Hogwarts para Caçadores?” Crowley
·        Crowley: “Essa é de longe a ideia mais idiota que você já teve.”
·        Dean: “Bem, ainda é cedo.”