[Resenha] O Lado Feio do Amor - Colleen Hoover

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Editora: Galera Record

Título Original: Ugly Love

Autor: Colleen Hoover

Nota: 




 “O amor nem sempre é bonito, Tate. Às vezes você passa o tempo inteiro desejando que ele mude. Que melhore. E aí, antes que perceba, você já voltou para a estaca zero e perdeu o seu coração, em algum lugar no meio do caminho.”


Após ler O Lado Feio do Amor, não é difícil saber o que dizer, é praticamente impossível! Não porque a história não é perfeita (Ela é!), ou porque você não sabe como falar tudo o que você sente lendo o livro (Você não sabe!), mas pelo simples fato de que você não sabe como parar de chorar. Isso mesmo. Podemos levar em consideração fatos como quem leu ser uma "manteiga derretida"? Sim, nós podemos. Mas eu te garanto esse não é o único motivo.
A história gira em torno de Miles e Tate, ele um piloto de avião, ela uma enfermeira em formação que mora com o irmão mais velho, o também piloto-super-protetor-vizinho-e-melhor-amigo-do-Miles, Corbain. Já dá pra imaginar que não deu muito certo, não é mesmo? Pois é, não deu.
Algum tempo depois da chegada de Tate a casa do irmão, ela e Miles começam a se envolver em um “relacionamento” o qual ele garante que não “há futuro”. Sim é exatamente o que vocês estão imaginando, eles se envolvem pelo sexo, tipo... Muito sexo (sou obrigada a dar destaque para isso, apesar de definitivamente não ser a parte importante). Isso fica bem explicito nas duas regras que ele estabelece para o “relacionamento” deles: “Não pergunte sobre o meu passado. E não espere um futuro.”
O relacionamento deles é conturbado e tudo por ser baseado em ver como pode ser doloroso amar e enxergar o lado feio de amar. O livro também trás essa dualidade entre o que seria o amor feio, e o que seria o amor bonito, e de que forma alguém pode enxergar o amor feio, e como aquilo atrapalha a vida de quem o enxerga. Mas também como o amor bonito pode te salvar e te manter vivo, e fazer valer à pena ter visto o lado feio dele, mesmo que você tenha pensado que o lado bonito não compensava a dor de viver o feio.

“A diferença entre o lado feio do amor e o lado bonito é que o lado bonito é muito mais leve. Faz você se sentir como se estivesse flutuando. Ele levanta você. Carrega você.As partes bonitas do amor seguram você sobre o resto do mundo. Elas seguram você tão alto sobre todas as coisas ruins, e você só olha para todo o resto e pensa: UAU, eu sou tão feliz por estar aqui em cima.(...) As partes feias do amor, não podem levantar você. Elas levam você para BAIXO. Elas seguram você em baixo. Afogam você. (...) O amor feio se torna você, consome você. Faz você odiar tudo. Faz você perceber que todas as partes bonitas nem sequer valeram a pena. Sem a beleza, você nunca perceberá o risco de sentir isso. Você nunca se arriscará sentindo o feio. Então você desiste. Você desiste de tudo. Você nunca vai querer amar de novo, não importa que tipo seja, porque nenhum tipo de amor nunca valerá a pena passar pelo amor feio de novo. Você olha para cima e pensa, eu gostaria de estar lá em cima. Mas você não está.”

Porém o que realmente importa são as condições do passado que cercam a vida de Miles, o que transformou o amor em feio, fazendo um homem LINDO, do tipo que é tudo que uma mulher pode sonhar, não se envolve em um relacionamento a 6 anos. Os motivos para essa “seca” de 6 anos é apresentada de forma genial ao longo do livro, quando a autora volta ao passado de Miles para nos mostrar o que realmente o motivou a esquecer o amor, e em que momento ele viu o seu lado feio. Devo acrescentar que a estrutura em que isso se desenvolve só me fez amar ainda mais o livro, a história e a escrita da Colleen.
Bom, não é difícil já saber que a Tate se apaixona pelo Miles, até porque isso não acontecer seria impossível! E a partir daí começa todo aquele drama em que uma mulher apaixonada por um cara, que não dá a mínima pra ela, e que acredita que pode concertar o passado e a vida dele fazendo ele se apaixonar por ela da mesma forma como ela se apaixonou por ele. Mas o problema é... O que fazer quando ele não quer ser concertado?
Com tudo isso, você pode pensar que simplesmente é mais uma história clichê erótica que tenta explicar as ações tomadas pelos nossos amados cavalheiros como um problema qualquer do passado que o perturba e todo aquele blá blá blá... Ou simplesmente está confuso, acontece... Mas, se eu posso te dizer uma coisa é: Não é nada do que parece! Esse livro é definitivamente o oposto de tudo o que a gente já viu, não é uma vida baseada em um problema e sim em uma dor, algo que você nunca poderia imaginar, um problema que toca a alma. 
O que acontece simplesmente destrói a SUA alma e te deixa em posição fetal pelo resto do dia. E se você, como eu, ler o livro em algumas poucas horas, sem comer ou dormir, prepare-se pra uma semana de depressão pós-livro, e digo isso em um tom muito sério. O lado feio do amor, foi o primeiro livro da Colleen Hoover que eu li, e posso afirmar que ela simplesmente me conquistou para a vida. Ela é minha nova heroína!
Sem mais, o livro é enxuto, sem enrolação, de fácil leitura, e dotado de uma substancia que te vicia e te deixa preso até que você leia a última palavra. Sem contar a vontade alucinada de voltar para a primeira página e começar tudo de novo! Se eu recomendo? O que você ainda está esperando pra achar esse livro e começar a ler??!!
Aviso que nem de perto só com essa resenha você vai tirar uma noção completa de TUDO que “Ugly Love” é. Então recomendo também, que leiam e tirem suas próprias conclusões e se apaixonem pelos seus motivos, e o odeie do mesmo jeito, porque só assim a experiência de entender qual o lado feio do amor, vai ser completa e vai ter significado.

Lembrando que o livro será adaptado para o cinema em breve, e está em fase de pré-produção com o início das gravações marcado para o primeiro semestre desse ano (2016). Segue abaixo um teaser de divulgação do filme, que foi liberado logo após a notícia sobre a adaptação. Nele podemos ver o nosso protagonista Nick Bateman, que interpretará Miles Archer, já dando uma palhinha do que vem por aí...